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Segundo o Espiritismo, Deus não surgiu, mas é a causa primária e eterna de todas as coisas. Para os espíritas, Deus é visto como um ser supremo, onipotente, onipresente e onisciente, que não teve um início ou um fim. Essa concepção de Deus pode ser encontrada nas obras de Allan Kardec, especialmente no "Livro dos Espíritos", onde a ideia é de que Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as criaturas e do universo.

O Espiritismo ensina que Deus é a fonte do amor e da justiça, e que todas as suas criaturas estão em constante evolução. A vida espiritual é vista como um processo de aprimoramento contínuo, onde os seres humanos, por meio de suas experiências e aprendizados, se aproximam de Deus. Essa trajetória evolutiva é fundamental para entender a relação do homem com o divino no contexto espírita.

Além disso, a visão espírita de Deus também está interligada ao conceito de liberdade e responsabilidade. Os seres humanos são dotados de livre-arbítrio, o que significa que têm a capacidade de fazer suas próprias escolhas, afetando assim seu progresso espiritual. Essa liberdade permite que cada indivíduo busque a sua verdade e, ao mesmo tempo, aprenda a respeitar as leis naturais que Deus estabeleceu para o universo.

No pensamento espírita, a ideia de Deus está também ligada a questões como a caridade, o amor ao próximo e a evolução moral. O relacionamento entre as pessoas é essencial para compreender como o amor de Deus se manifesta na Terra. O exercício do bem, a solidariedade e a promoção da paz são vistos como passos fundamentais para se aproximar da essência divina.

Em resumo, no Espiritismo, Deus é um conceito profundo que transcende a noção de um ser que surgiu em algum momento, sendo ao invés disso uma força eterna que guia e sustenta a criação. A compreensão de Deus é uma jornada que envolve autoconhecimento, aprendizado e a prática do bem, refletindo as leis universais que regem a vida e o espírito.